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20.11.09

Amo muito tudo isso...

Isso é para aqueles que frequentam o famigerado McDonald's.

Sábado, 14 de novembro de 2009. Após completarmos a gravação do Só Dá Peão #6, Jesus e eu ficamos com uma fome que não constava em nossos contratos. Leco não pode ir, pois sua religião não permite...


Após muito refletir sobre a atual crise que assolava nossas carteiras e levar em consideração o grau da Escala Leco (explicarei em outra ocasião) que nosso apetite atingira, fomos ao mais plausível dos lugares: McDonald's.



Veja bem, existem mcs e MCs (caixa baixa e alta, ¬¬). E, infelizmente, o mais próximo da minha humilde residência era um mc. E vou citar onde está localizado essa pérola da franquia McDonalds. Fica na esquina da Av. Engenheiro Caetano Álvares com o início da Voluntários da Pátria, em São Paulo, claro.

Eu já conhecia, de outras noites, a fama dessa unidade. Atendentes de má vontade e sujos, chão imundo, batatas e formigas fritas e outros atrativos que deixarei para sua imaginação, caro leitor. Mesmo assim, mais uma vez, arriscamos.

Ao chegar na entrada do estacionamento, compartilhado com uma loja "Americanas", percebemos que ia ser um desjejum díficil, pela quantidade de gente entrando e tentando estacionar o carro. Jesus, em toda sua astúcia, parou numa vaga em um beco obscuro e esquecido do tal estacionamento. Ao sairmos do carro, o primeiro choque: Um cidadão se aproximou e se ofereceu para tomar conta do carro. Sim! Um maldito e pegajoso flanelinha! Se você está confuso, porque leu que estavamos em um ESTACIONAMENTO, imagine nós. Jesus titubeou, mas disse um gaguejado "OK". "Cara, eu fiquei sem palavras...", ele me disse logo após.

Já dentro do mc, tivemos o segundo choque. Muita gente nos balcões fazendo aquela formosa fila sem sentido, e entre alguns caixas, outros, fechados, CLARO! Nos dirigimos até uma das filas quando notei que a caixa da ponta oposta estava solitária, acendo e gritando o padrão "MOÇO, AQUI!" para nos dirigirmos até seu caixa. Achei estranho, porque era o único que não tinha fila. Deveria haver algum motivo. No percurso de 3 metros descobrimos o porquê dos caixas centrais estarem fechados. Jesus pisou e, por pouco não molhou a meia, em um lago de suco de uva. "Bela decoração", pensei. O terceiro choque veio depois que fiz meu pedido, pois entendi o motivo da fila inexistente alí. Havia uma fila com o dobro das outras, para RECEBER os lanches. Um singelo Número 1 saia em média a cada 3 minutos.

Pegamos nossas bandeijas e arriscamos comer lá fora, pois já era bem tarde da noite e as pombas estavam dormindo. Aí veio o quarto choque. O pandemônio. É assim que eu descrevo a situação da área das mesas. Parecia que uma invasão zumbi tinha acontecido alí. Copos, bandeijas, dejetos pelo chão. Encontramos uma mesa semi-vazia, pois ainda havia gergelim, alfaces, guardanapos usados e outras coisas sobre ela. Tentei me aproximar da cadeira quando notei que pisei na ponta da uma bandeija, fazendo com que ela se transformasse numa catapulta e arremessasse uma rodela de tomate com maionese na ponta do meu pé. Apenas retirei a rodela e segui com minha vida.

Enquanto eu tirava uma fatia de picles que estava preta de meu lanche, Jesus me apontou o quinto choque: o lixo... E como uma imagem fala mais do que mil palavras, me absterei de comentarios.




Eu estava começando a indagar se o McDonalds não estaria promovendo o filme 2012, que estreara um dia antes. Depois que McNuggets bateu a chapa acima, um faxineiro/balconista/cozinheiro foi acionado para limpar a bagunça. Ele olhou, olhou, olhou e olhou. Tirou um copo, dois. Talvez buscasse inspiração divina para tarefa, talvez estava arrependido por ter enviado currículo para lá. O que quer que seja que ele pensou, o motivou. 5 minutos depois, estava tudo organizado (eu disse organizado, não limpo). O Senhor me disse nessa hora, "Vou tirar uma foto dele e sugerir para Destaque do Mês!". Concordei. Afinal, aquilo era tarefa digna de uma foto na parede. Nada de Josiscleide, nada de Ricardina, eu quero aquele rapaz que mesmo quando tudo parecia perdido, estufou o peito e mergulhou no lixo.

Fomos embora (depois de levarmos as bandeijas para o lixo apropriado). Nos esgueiramos pelas paredes das Lojas Americanas até o carro, para fugir do flanelinha de estacionamento. Mas mês que vêm, estaremos lá de novo, para ver se o rosto daquele pobre funcionário está estampado na parede numa bela foto estilo 3x4. E também para comermos uma McFormiga frita.

I'm loving it.

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